“Tudo
nos é permitido, mas nem tudo nos convém... “
A mulher é sábia, persistente,
inteligente, sensível, do sentido completamente aguçado. Ela é forte, generosa,
bonita, lapidada, capaz de compreender e fazer coisas que deixa qualquer um sem
ação... Isto não é padrão, mas a mulher virtuosa é assim. Deus a fez melhor que
o homem, para que se completassem, para serem companheiros, andarem um ao lado
do outro e não um passo atrás, como era o costume de outras épocas. Desde que a
mulher está no mundo ela ocupa um lugar com destaque, com muita sabedoria. A
mulher sempre se destacou em suas atividades e as mais inflexíveis eram
descriminadas pela sociedade machista. Durante séculos ela foi excluída das
ações participativas na sociedade, mesmo assim acompanhava de longe os
movimentos reivindicatórios. Não tinha direito a voz e voto público, mas
ninguém lhe tirava o direito de pensar, sentir e interferir de forma indireta
nas decisões do marido, filhos e pessoas que a cercava. Era impedida de
frequentar uma instituição escolar, de votar, de participar das decisões
sociais, políticas, econômica, dentre outras. A mulher se reduziu a procriação,
a amamentar e cuidar dos afazeres domésticos, mas com ideais. No início do
século, não era apenas um bibelô, com passos gentis e silenciosos como se via
nos filmes e peças teatrais. A mulher almejava um lugar de destaque no mundo
masculino, com vontade de participar ativamente da sociedade, com idéias
inovadoras e com garra de melhorias; visionária. O sexo frágil, como sempre foi
passado, é de se tirar o fôlego. A mulher foi conquistando seu espaço; sutiãs
foram queimados em praças públicas em sinal de protesto pelos movimentos
feministas, adquirindo independência, poder, participação na sociedade e
confundindo liberdade com libertinagem, com a mais nova tecnologia do mercado:
a pílula anticoncepcional. A parir dos anos 60, o abandono do lar pelas
mulheres trouxe sérias consequências sociais para a vida da família, refletindo
direto nos filhos. A desestruturação dos laços familiares da camada
trabalhadora e os vícios decorrentes do ambiente de trabalho, promíscuo, fez
crescer os conflitos sociais. A pílula anticoncepcional revolucionou o mundo,
trouxe novos conceitos éticos e morais para a sociedade e elas foram perdendo o
romantismo para o prazer animalesco e mundano. A valorização da mulher no mundo
atual nos deu o direito de eleger, pela primeira vez na história do país, uma
Presidente da Republica. A mulher provou que é capaz de liderar e assumir
vários papéis, sem abandonar seus sonhos e ideais, sem jamais deixar de lado
sua feminilidade, sua essência e seus valores, assumindo com responsabilidade
suas funções de mulher, de esposa, de mãe e como profissional, pois é
reconhecida e admirada pelos cargos que exerce. Este versículo bíblico ilustra
bem o texto: “Tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém”.
Heloise Amorim
jornalista e professora
heloamorim02@hotmail.com
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