Empreendedorismo
na escola
Inovações
nos projetos escolares colocam os alunos indisciplinados no topo
Há muito se fala em mudança no Sistema
Educacional. Estudiosos buscam o aperfeiçoamento de técnicas para que o ensino-aprendizagem
ocorra de forma simples e prazerosa atendendo os princípios educacionais. O
Projeto do momento é levar para as salas de aula o empreendedorismo. E tem como
objetivo de desenvolver nos alunos um conjunto de competências que o tornem
capazes de tomar decisões, traçar planos e organizar os recursos necessários
para chegar ao sucesso. O tema é relevante, relacionado à administração e
aplicável no cotidiano do aluno, ensinando-os autonomia, dinamismo e
profissionalismo. Alguns educadores ficam assustados no princípio, porém todos
são capacitados, através de uma parceria com o SEBRAE para ministrarem suas
aulas, com todo suporte de material didático e técnico. O fato de aumentar o
número de escolas brasileiras que ensinam seus alunos a sobreviver no mundo
capitalista e oferecem atividades curriculares voltadas para a formação de
empreendedores desenvolvendo suas habilidades indispensáeis para um bom
profissional. Os questionamentos dos educadores e especialistas que analisam a
questão é se deve incluir na grade curricular como matéria ou somente como
projetos inseridos durante o ano letivo. Na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação nº 9294/96, no Art. 53 dispõe que:- “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, ...”: Dentro deste artigo fica claro que as
escolas brasileiras devem inserir na grade curricular, porque cada vez mais
seus alunos necessitam de formação teórica no contexto social e cultural,
evidenciando assim a formação plena do educando num todo não somente em conhecimento
prático. E na lei nº 8069/90 – ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, no
art. 60, dispõe que: “ É proibido
qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de
aprendiz”. O cidadão, no caso o aluno em formação, principalmente no último
ano do ensino fundamental – 9º ano estará aprendendo técnicas voltadas ao mundo
competitivo do trabalho levando, o empreendedorismo como parte integrante do
currículo educacional, muitas habilidades que serão desenvolvidas ao longo da
escolaridade, exigindo qualidade e profissionalismo na tarefa indicada. Um bom
empreendedor deve assumir riscos, ter responsabilidade, conhecimento,
estabelecer metas, desafios, superar obstáculos e acima de tudo planejamento e
organização. O aluno indisciplinado, muitas vezes hiperativo ou esperto demais
é capaz de organizar com rapidez seus pensamentos quando questionado sobre um
assunto de interesse, característica visível de um empreendedor em potencial. Um
cidadão autônomo será capaz de organizar sua própria vida, de resolver
situações problemas ao longo de sua vida, e capaz de ocupar cargos de liderança.
Fernando Dolabela, autor de livros sobre empreendedorismo, “vê no tema a oportunidade dos jovens
começarem a perceber a responsabilidade que têm na construção do próprio
destino.” Portanto, preparar este aluno-cidadão para o exercício da
cidadania e qualificação para o trabalho é um objetivo que o sistema
Educacional quer atingir.
Heloise
Amorim, professora e jornalista, atualmente Diretora da Escola Municipal
Joaquim Giraldi
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