quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Empreendedorismo na escola
Inovações nos projetos escolares colocam os alunos indisciplinados no topo

Há muito se fala em mudança no Sistema Educacional. Estudiosos buscam o aperfeiçoamento de técnicas para que o ensino-aprendizagem ocorra de forma simples e prazerosa atendendo os princípios educacionais. O Projeto do momento é levar para as salas de aula o empreendedorismo. E tem como objetivo de desenvolver nos alunos um conjunto de competências que o tornem capazes de tomar decisões, traçar planos e organizar os recursos necessários para chegar ao sucesso. O tema é relevante, relacionado à administração e aplicável no cotidiano do aluno, ensinando-os autonomia, dinamismo e profissionalismo. Alguns educadores ficam assustados no princípio, porém todos são capacitados, através de uma parceria com o SEBRAE para ministrarem suas aulas, com todo suporte de material didático e técnico. O fato de aumentar o número de escolas brasileiras que ensinam seus alunos a sobreviver no mundo capitalista e oferecem atividades curriculares voltadas para a formação de empreendedores desenvolvendo suas habilidades indispensáeis para um bom profissional. Os questionamentos dos educadores e especialistas que analisam a questão é se deve incluir na grade curricular como matéria ou somente como projetos inseridos durante o ano letivo. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9294/96, no Art. 53 dispõe que:- “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, ...”: Dentro deste artigo fica claro que as escolas brasileiras devem inserir na grade curricular, porque cada vez mais seus alunos necessitam de formação teórica no contexto social e cultural, evidenciando assim a formação plena do educando num todo não somente em conhecimento prático. E na lei nº 8069/90 – ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, no art. 60, dispõe que: “ É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz”. O cidadão, no caso o aluno em formação, principalmente no último ano do ensino fundamental – 9º ano estará aprendendo técnicas voltadas ao mundo competitivo do trabalho levando, o empreendedorismo como parte integrante do currículo educacional, muitas habilidades que serão desenvolvidas ao longo da escolaridade, exigindo qualidade e profissionalismo na tarefa indicada. Um bom empreendedor deve assumir riscos, ter responsabilidade, conhecimento, estabelecer metas, desafios, superar obstáculos e acima de tudo planejamento e organização. O aluno indisciplinado, muitas vezes hiperativo ou esperto demais é capaz de organizar com rapidez seus pensamentos quando questionado sobre um assunto de interesse, característica visível de um empreendedor em potencial. Um cidadão autônomo será capaz de organizar sua própria vida, de resolver situações problemas ao longo de sua vida, e capaz de ocupar cargos de liderança. Fernando Dolabela, autor de livros sobre empreendedorismo, “vê no tema a oportunidade dos jovens começarem a perceber a responsabilidade que têm na construção do próprio destino.” Portanto, preparar este aluno-cidadão para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho é um objetivo que o sistema Educacional quer atingir.
Heloise Amorim, professora e jornalista, atualmente Diretora da Escola Municipal Joaquim Giraldi


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